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LUX FERRE LYRICS

1. O Caminho


Penoso tem sido o caminho, procurando vitória na perdição.
Por vezes pensei desistir, mas move sempre alguém...
Confiança... Salvação? Medo.

Perguntei a mim mesmo: Valeu a pena?
Resposta foi óbvia: Vale sempre a pena!
O mal foi feito por mim! O prazer foi todo meu!

Abismo, queda infinita. A dor que está para vir.
Acorda! Ergue-te agora! Demonstra a tua força!
Quem sofreu por mim, retribuí com nada.
Esta foi a escolha que traça o meu destino.
Egoismo ou falsidade, fui eu! Assim o quis!
Senti a dor. Desejei o que senti.

Fui eu que abusei da confiança. Será que tenho salvação?
Enfrento o futuro sem medo até encontrar vácuo.

Assim termino o caminho, alívio meu, do meu ser.
Posso gritar finalmente. Vitória!


2. The Bell Of Fate


Something tells me to die, it runs through my body.
My flesh asks for pain. My mind asks for suffering.
Its sound that only I can listen, it pierces my brain.
Separates my mind from my body, it pierces the I in me.

My body is dead, yet moving. It feels neither pain nor hunger.
My mind is enlightened, linked to the world of wisdom.

Possessed by darkness, my blood is pain.
I breathe the stench of hate.
My mind is perfection, linked to the supreme freedom.

Despising the forgotten,
Erasing the inner pain.
Commanded by the bell...
My bell of fate.

Feasting in blood and death my eyes are red,
I fear only myself celebrating disgrace...
Feasting in tears and pain my eyes are dead,
I fear only myself celebrating your demise.


3. Atrae Materiae Monumentum


This is what I see, an age of constant changes,
But few minds remain infected...

Dark matter that we breathe, pure black blood.
Monument of disease! Enlightened!

Existence of decay... Unchained, unparalleled!
Solid hearts of stone, lifeless.

Na minha dor e no teu fim encontro a salvação.
A minha ausência não se fez sentir, no entanto, perturbei.
A minha aura, a minha presença completam o círculo.
Sou o mal inevitável. Eu sou o Monumento!
Sente a minha dor!

Controlled hate, lust for blood, it flows in my veins.
We won't stab your flesh. Our existence is enough!


4. Correntes


Olho a escuridão opaca, as trevas permanecem subtis.
Tudo é como eu me lembro nesta janela para o infinito.
O negro ofusca os meus olhos, este majestoso reino.
Tendões firmes, incontroláveis! Finalmente... A essência!

Oiço o som frio do aço, sinto o calor gélido da dor.
Eu não vejo, mas estão lá, as correntes dos meus medos.

Sem voz, fico arrebatado, no reino do meu ser.
Morte, volta em esplendor! Preso, regresso à minha origem.

Eu abraço a dor e o receio.
Vem a mim, o sentimento!
Névoa, invade o meu julgar!
Faz de mim o teu servo!

Correntes na minha carne. Preso à tua vontade.
Correntes do meu ser... Vontade suprema!


5. Pira


A chama arde em mim... A força escondida...
Acordo e sinto a dor, o solo puxa-me para baixo.
As cinzas, os meus restos, pairam no seu esplendor.

O que resta de mim? A semente da doença.
Lágrimas de dor? Alimentam a minha essência.
Aquilo que eu fui, aquilo que está para vir...
Infecto as redondezas... Morram à minha volta!

Neste corpo vazio, neste vácuo audaz!
Desafia a dor! A escolha é tua!

Aceita, encara, a derrota. O teu desespero faz-me crescer.
Nada vai parar o inevitável, a minha vontade, grandiosidade!
O meu funeral rega o meu ser, alimenta a minha força.
Não é a minha morte, mas sim o meu nascer!


6. Breu


Corre atrás de ti, persegue-te até ao fim.
Abre os olhos, não vês nada...
Esse é o vazio da tua morte.
Chora! Grita! A dor não acaba!

Escuridão infinita. Breu... Fim.

Mas qual alma? Mas qual ser?
Esperança, desespero, sufoco... O conforto dos fracos!

Segue a minha voz, eu vou-te guiar.
Não te percas, não caias na tentação de falhar.
Vagueia, arrasta-te, a dor vai acabar.
Na perdição eu estou lá para te salvar.

"Caminho pelo vácuo, numa perseguição infinita.
Neste reino és um intruso, um estranho.
Um fantoche da minha vontade.
Eu controlo o teu acordar."

Acorda!


7. Thirst Of Despair


Water of wine, blood in my veins.
Cold as my spirit... It doesn't boil, it doesn't drain!

I need the feeling of loss, my thirst for loss.
Obtained pain through death. Cursed for all eternity.
With pleasure...

At last I cry but yet my thirst doesn't fade away.
My tears are of cold blood such as my heart is ice.
It doesn't drain, it doesn't melt, it doesn't boil!

My sadness is enough. I'll find and steal from others.
Those that I've once loved, the ones I murdered...
Because my veins are roots. Dead and forgotten roots
That once bred hope.


8. Dormente


Pensamento, inércia, a solidão do meu ser.
Abraço em lágrimas a situação que criei.

Tudo isto foi meditado, planeado com um fim.
Fiz nascer um estado difícil de alcançar.
Situação em que o sofrimento é exaltação.

Qual massa? Qual névoa?
Que aperto é este? No que me fui meter?

Sinto pânico, sinto revolta mas com paz.
Sem vontade de agir pois sei que,
Por mais que queira, nada vai mudar.

Não há dor. Não há morte.
Somente o vazio, a minha saudade.
Somente um objectivo, o meu adeus...



Devasth — Vocals, Lyrics
Pestilens — Guitars
Vilkacis — Bass


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